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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Hegel e o Espírito Absoluto


Hegel foi o maior dos idealistas alemães, certamente o mais difícil de entender e possivelmente o mais escandaloso em suas pretensões de ter entendido toda a história da filosofia. Foi professor universitário e catedrático de filosofia durante quase toda a vida e, como Kant, quase mais nada fez.

No inicio, Hegel era um tanto místico, e alguns críticos sugerem que ele jamais superou esta característica. De seus muitos escritos os mais importantes são: A Fenomenologia do Espírito, A Ciência da Lógica e A Filosofia do Direito.

Os dois primeiros talvez possam ser considerados os mais obscuros de toda a filosofia, e foram, portanto, os que mais produziram interpretações.

Hegel pode ser descrito como um monista, alguém que crê na totalidade única, o ESPÍRITO ABSOLUTO.

Hegel começou rejeitando a coisa em si de Kant e o mundo noumênico. Hegel afirmava que a tese de Kant de que algo que existia (a coisa em si) era incognoscível, era uma contradição flagrante, que violava as próprias leis de Kant sobre os limites do conhecimento.

Os idealistas e Hegel manifestaram a visão oposta de que tudo o que é, é cognoscível. Na famosa máxima de Hegel:

“O REAL É RACIONAL E O RACIONAL É REAL.”

Fundamental no pensamento de Hegel é a noção de que tudo está interligado. Enquanto a maioria dos filósofos a partir de Aristóteles defendia que a realidade tinha de ser separada em pares distintas – quer como fatos, objetos ou mônadas – Hegel dizia que nada era desconexo.

Para Hegel, a realidade última era a idéia absoluta – “a verdade é o todo”. Ele equiparava Verdade a Sistema. A peça individual só tem significado quando vista como parte do quebra-cabeça.

5 comentários:

Anônimo disse...

.....
"Ela vai mudar,
Vai gostar de coisas que ele nunca imaginou
Vai ficar feliz de ver que ele também mudou
Pelo jeito não descarta uma nova paixão
Mas espera que ele ligue a qualquer hora
Só pra conversar
E perguntar se é tarde pra ligar
Dizer que pensou nela
Estava com saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ela aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude"...

Anônimo disse...

Fool's Lovers

Bobbie disse...

Muito interessante. Kant gera algumas contradições em sua teoria a maior, em minha opinião, é sobre o esclarecimento aplicado a prática, já que para Kant o sistema racional, ou seja, a forma, era universal. Quando isso foi aplicado a Revolução Francesa, esse esclarecimento universal se tornou exterminio e é ai que entra a contradição, se já que o esclarecimento é a saida da menoridade, ou seja, pensar por si mesmo, na Revolução quem fosse contra aqueles que queriam pensar por si mesmos, ou seja, derrubar o regime absolutista, eram mortos. Eu sinceramente acho Hegel muito mais coerente, não sei se estou certo. Adorei o blog, se puder responder a meu comentario eu agradeço, estou estudando o assunto e surgem muitas duvidas, até por que Hegel é muito complicado de se entender não é verdade?

Anônimo disse...

nossa realmente adoro Hegel estou estudando ele também porém ainda sou novo na filosofia não sei muito , mas estou amando as duas Filosofia Kantiana e Hegeliana.

Anônimo disse...

Hegel entende o absoluto como sendo a realidade pensada em todas as suas relações, e isso é muito interessante do ponto de vista da superação de uma concepção fragmentária do mundo. No entanto, seu idealismo não abre espaço para a subjetividade, para a particularidade, para a independência ontológica do homem, do real por assim dizer. A totalidade não aceita o em si outro, só medeia consigo mesma, e isso constitui um problema que a dialética hegeliana, embora trabalhe, não consegue resolver. Se tudo já está reconciliado desde sempre na perspectiva do absoluto, se a realidade nada mais é que um conglomerado de momentos do espírito que progressivamente se manifesta, então a vida perde o seu propósito, então não somos livres para construirmos o mundo humano à nossa maneira, então somos uma longínqua lembrança de algo que eternamente sendo, não nos permite ser, senão, em relação a ele. A universalidade da ideia, de tão pretenciosa, não percebe que a parte também é um pequeno todo a ser considerado...