Estóico era o nome dado aos filósofos que freqüentavam a Stoa, que em grego quer dizer Pórtico. Os filósofos do Pórtico, que se situava em Atenas, cultivavam uma doutrina que concebe que o homem deve buscar a sabedoria e a felicidade.
Em linhas gerais, o estoicismo admite ideal de perfeição para o homem, de forma que todo sábio é necessariamente feliz. De acordo com os estóicos, só a alma livre de qualquer paixão e governada apenas pela razão possui sabedoria e virtude. A alma, sendo uma emanação da mente divina, é de ordem superior e só pode ser comparada com a divindade. Por isso, quando cultivada e curada das ilusões capazes de cegá-la, alcança o alto grau de inteligência que é a razão perfeita, chamada virtude.
Partindo da perfeição da natureza de onde se deduz a racionalidade do cosmo, chega-se à perfeição do homem, que é a virtude. A virtude é então o meio e o fim que o homem deve alcançar para ser sábio e feliz.
Partindo da perfeição da natureza de onde se deduz a racionalidade do cosmo, chega-se à perfeição do homem, que é a virtude. A virtude é então o meio e o fim que o homem deve alcançar para ser sábio e feliz.
Iniciando sua reflexão pela natureza como um todo, a razão estóica conduz sua dedução do todo para as partes, até chegar a uma, particular e especial: o homem. A natureza é o todo porque é ela que gera todas as coisas, ela é divina porque Deus é imanente a ela, confunde-se com ela. O homem ocupa lugar privilegiado no cosmo, pois a natureza o distinguiu de todos os animais, conferindo-lhe traço divino. Afinal, o traço distintivo do homem é a razão, que ele possui porque sua alma é uma emanação da mente divina. A alma humana, diferentemente dos outros animais, é racional, emana da própria Razão Universal.
O ideal estóico é o de uma transmutação íntima que transfiguraria o indivíduo inteiro em pura razão.
As ilusões, as paixões que cegam a alma, são quatro: a alegria, a tristeza, o medo e o desejo. O sábio estóico não é acometido por nenhuma paixão, porque cultivou em sua alma a apatia, a ausência de toda e qualquer paixão. Assim, é somente a alma cultivada, transfigurada em pura razão, que possui sabedoria e virtude. A Razão Universal, a razão perfeita, é a virtude mesma.
As ilusões, as paixões que cegam a alma, são quatro: a alegria, a tristeza, o medo e o desejo. O sábio estóico não é acometido por nenhuma paixão, porque cultivou em sua alma a apatia, a ausência de toda e qualquer paixão. Assim, é somente a alma cultivada, transfigurada em pura razão, que possui sabedoria e virtude. A Razão Universal, a razão perfeita, é a virtude mesma.
Há nessa doutrina uma profunda crença na autossuficiência da razão que, em identificação com a virtude, é infalível e inquebrantável. Por meio do correto cálculo da razão, de posse da razão perfeita, o homem dobra, erradica qualquer desejo, qualquer paixão, vício, e preserva um estado de tranqüilidade, de felicidade, que nada exterior a ele pode abalar.
Na doutrina estóica, a idéia de uma alma separada do corpo é inconcebível. Ambos são da mesma natureza, indistintamente unidos porque corpóreos. Se a alma é gerada pela natureza, se seu princípio é material, ela necessariamente é material. É devido a certa estrutura física e psíquica da alma que ela é capaz de apreender a natureza como geratriz de todas as coisas, de apreender a racionalidade do cosmo, o modo de ser de cada parte da natureza, e conhecer-se a si mesma, descobrir a virtude como seu modo de ser por excelência. A alma humana somente pode apreender a ordem do cosmo porque ela possui em si mesma a racionalidade e a materialidade desse cosmo.
Na doutrina estóica, a idéia de uma alma separada do corpo é inconcebível. Ambos são da mesma natureza, indistintamente unidos porque corpóreos. Se a alma é gerada pela natureza, se seu princípio é material, ela necessariamente é material. É devido a certa estrutura física e psíquica da alma que ela é capaz de apreender a natureza como geratriz de todas as coisas, de apreender a racionalidade do cosmo, o modo de ser de cada parte da natureza, e conhecer-se a si mesma, descobrir a virtude como seu modo de ser por excelência. A alma humana somente pode apreender a ordem do cosmo porque ela possui em si mesma a racionalidade e a materialidade desse cosmo.