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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Amizade (Epicuro)


De todas as coisas que nos oferece a sabedoria para a felicidade de toda a vida, a maior é a aquisição da amizade.

Toda a amizade é desejável por si própria, mas inicia-se pela necessidade do que é útil.

Não temos tanta necessidade da ajuda dos amigos como de confiança na sua ajuda.

A natureza, única para todos os seres, não fez os homens nobres ou ignóbeis, mas sim as suas ações e as disposições de espírito.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

O viajante




Viver é como caminhar sobre troncos que bóiam num rio e que não suportam sozinhos o nosso peso.
Antes que afundem é preciso pular para o próximo, mover-se, seguir em frente em direção a outra margem.
Na caminhada nada nos ampara, na outra margem nada nos espera.
A vida não é a partida, nem a chegada, a vida é a caminhada.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

QUANDO EU ERA MENINO...




Quando eu era menino,
Um deus freqüente me salvava
Da grita e do látego dos homens,
Em segurança eu brincava
Com as flores do bosque;


As brisas do céu
Vinham brincar comigo.
E assim como alegras
O coração das plantas,
Quando estendem os braços
Meigos para ti,
Meu coração alegraste


Também, Pai Hélio! e como Endimião
Eu era o favorito
Teu, sagrada Lua!
Oh vós todos, fiéis
Deuses amistosos,
Se soubésseis o quanto
Minha alma vos amou!

Não vos chamava eu então
Pelo nome, nem vós a mim
Pelo meu, como os homens
Quando se conhecem.

Mas eu vos conhecia
Como jamais aos homens conheci.
Eu compreendia o silêncio do Éter;
As palavras dos homens, não.

Educou-me a harmonia
Do bosque murmurante
E aprendi a amar
Debaixo das flores.

Foi nos braços dos deuses que eu cresci

(Hölderlin)

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

O Quadrado Lógico


A tábua de oposições, também chamado quadrado lógico ou quadrado dos opostos, tem origem obscura mas geralmente se aceita que Boécio lhe deu a forma final. Trata-se de um artifício didático que indica as relações lógicas fundamentais.
Assim, temos o seguinte esquema de premissas:
A - universal afirmativa (Todo homem é mortal)
E - universal negativa (Nenhum homem é mortal)
I - particular afirmativa (Algum homem é mortal)
O - particular negativa (Algum homem não é mortal)
Exemplo de tábua de oposição:
Todo ser vivo é mortal
Contrária: nenhum ser vivo é mortal
Sub-contrária: €
Contraditória: algum ser vivo não é mortal


Leis de oposição


As leis de oposição regem as relações entre as premissas.
Contraditoriedade: se um modo é verdadeiro, o outro é falso;
Contrariedade: ocorre apenas nos modos A e E. As premissas contrárias entre si não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, mas podem ser falsas ao mesmo tempo;Pois, se assim forem,a particular afirmativa será falsa por ser a contraditória da universal negativa e verdadeira, por ser a conversão da universal afirmativa.
Subcontrariedade: as premissas não podem ser falsas ao mesmo tempo, mas podem ser verdadeiras ao mesmo tempo.Pois se assim forem,as contrárias de quem elas são contraditórias serão simultaneamente verdadeiras, o que é um absurdo.
Fonte: wikipédia

sábado, 18 de agosto de 2007

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Albert Einstein


Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi procurar subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais procurava subir a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui...".

sexta-feira, 17 de agosto de 2007


Me comove saber que 98% dos sonhos mais íntimos de toda a humanidade foram criados por meia dúzia de publicitários competentes...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O MITO DA CAVERNA de Platão

Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um muro alto. Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa um fino feixe de luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa. Desde o nascimento, geração após geração, seres humanos encontram-se ali, de costas para a entrada, acorrentados sem poder mover a cabeça nem se locomover, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto o mundo exterior nem a luz do sol, sem jamais ter efetivamente visto uns aos outros nem a si mesmos, mas apenas as sombras dos outros e de si mesmos por que estão no escuro e imobilizados. Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são seres vivos que se movem e falam.
Um dos prisioneiros, inconformado com a condição em que se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De inicio, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando os obstáculos de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do sol, com a qual seus olhos não estão acostumados. Enche-se de dor por causa dos movimentos que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna. Sente-se dividido entre a incredulidade e o deslumbramento.
Ao permanecer no exterior o prisioneiro, aos poucos se habitua a luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, tem a felicidade de ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras. Doravante, desejará ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as forças para jamais regressar a ela. No entanto não pode deixar de lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim, toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.
Só que os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam fazê-lo espancando-o. Se mesmo assim ele teima em afirmar o que viu e os convida a sair da caverna, certamente acabam por matá-lo. Mas quem sabe alguns podem ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidir sair da caverna rumo a realidade?

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Uma vez perguntaram a Buda:

O que mais te surpreende na humanidade?
E ele respondeu:
" Os Homens", porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperarem a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver o presente e nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivesse vivido.

sábado, 11 de agosto de 2007

Bem e Mal: O objeto da ética

O homem é um ser social, não vive sozinho. Assim torna-se necessário a criação de normas para mediar as relações entre os membros desta sociedade. “Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao Bem e ao Mal, ao permitido e o proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explicita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais”.[1]
Aqui já podemos separar ética e moral. Moral são os valores que a sociedade define para si mesma, o que julga ser a violência e o crime, o mal e o vício e, como contrapartida, o que considera ser o bem e a virtude. Somos formados pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para respeitarmos e reproduzirmos os valores propostos por ela como bons, e, portanto, como obrigações e deveres. Dessa maneira, valores e deveres parecem existir por si e em si mesmos, parecem ser naturais e intemporais, somos recompensados quando os seguimos, punidos quando os transgredimos.
A palavra costume se diz, em grego, ethos – donde ética – e em latim, mores – donde moral. Em outras palavras, ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros. Os costumes por serem anteriores ao nosso nascimento e formarem o tecido da sociedade em que vivemos, são considerados inquestionáveis e quase sagrados.
Se pudermos entender a moral como os valores instituídos pela sociedade que nos educou e nos formou, a ética deve ser entendida como algo mais amplo. A ética leva em consideração também o sujeito consciente. Assim o campo ético é constituído pelos valores e obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, realizadas pelo sujeito moral, principal constituinte da existência ética.
Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também se reconhece como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos e pelas conseqüências do que faz e sente. Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética.
Dessa forma, a ética, enquanto filosofia moral, “se distingue pelo seu caráter crítico e reflexivo na sistematização dos valores e das normas, tendo o papel de investigá-los e depurá-los para que possam inspirar, guiar e servir da melhor forma possível a vida humana, tendo em vista a sua realização”.[2] Para desenvolver esse caráter crítico e reflexivo, é necessário que o sujeito moral seja consciente de si e dos outros, dotado de vontade como capacidade de controlar e orientar desejos, impulsos, tendências e sentimentos para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis. Também é necessário ser responsável, como autor da ação, avaliando seus efeitos e conseqüências e respondendo por elas, e ser livre. Liberdade não para poder escolher entre várias alternativas possíveis, mas para autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta.
Essa é uma visão da ética que acredita na objetividade dos valores, existem outras; algumas acreditam que os valores são relativos e é o ceticismo quanto à objetividade desses valores que inaugura a ética. Quando pronunciamos palavras como “ferro” ou “prata”, todos sabemos o que quer dizer, mas quando dizemos ”justo” ou “bom” discordamos uns dos outros. Assim quando perguntamos: Que atitude devo tomar? Que devo fazer? Como agir perante o outro? As respostas deverão surgir em acordo com a ética que se está avaliando. Numa ética relativa nada há de mal ou bom, apenas o pensamento o torna tal. Numa ética utilitária, o bom é o útil; numa ética democrática o bom é o que a maioria julga assim; numa ética jurídica o bom é o que as leis dizem ser bom.
Além do sujeito moral e dos valores morais, o campo ético é ainda constituído por um outro elemento: os meios para que o sujeito realize os fins. No caso da ética, nem todos os meios são justificáveis, mas apenas aqueles que estão de acordo com os fins da própria ação. Em outras palavras, fins éticos exigem meios éticos.
Podemos, então, entender a ética como capacidade humana de ordenar suas relações em função do bom e do justo.
[1] CHAUÍ, Marilena “Convite à Filosofia”.

[2] AGOSTINI, Nilo “Do Ethos à Ética: por um resgate do vital humano” Anais da IX Semana de Filosofia, UFJF, 1999

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O Nascimento da Filosofia

Os historiadores da filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento: final do século VII e inicio do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia Menor, na cidade de Mileto. O primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
A filosofia também possui um conteúdo ao nascer: é uma cosmologia, (cosmos = mundo ordenado e organizado/ logia = pensamento racional, discurso racional, conhecimento). Assim a filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou da natureza, donde cosmologia.
O pensamento filosófico em seu nascimento tinha como traços principais:
· Tendência à racionalidade, isto é, a razão e somente a razão, com seus princípios e regras, é o critério da explicação de alguma coisa;
· Tendência a oferecer respostas conclusivas para os problemas, isto é, colocando um problema, sua solução é submetida a analise, à crítica, à discussão e à demonstração, nunca sendo aceita como uma verdade, se não for provado racionalmente que é verdadeira;
· Exigência que o pensamento apresente suas regras de funcionamento, isto é, o filosofo é aquele que justifica suas idéias provando que segue regras universais do pensamento. Para os gregos, é uma lei universal do pensamento que a contradição indica erro ou falsidade. Uma contradição acontece quando afirmo e nego a uma coisa sobre a mesma coisa. Assim, quando uma contradição aparecer numa exposição filosófica, ela deve ser considerada falsa;
· Recusa de explicações preestabelecidas e, portanto, exigência de que, para cada problema, seja investigada e encontrada a solução própria exigida por ele;
· Tendência à generalização, isto é, mostrar que uma explicação tem validade para muitas coisas diferentes porque, sob a variação percebida pelos órgãos de nossos sentidos, o pensamento descobre semelhanças e identidades.
Reunindo semelhanças, o pensamento conclui que se trata de uma mesma coisa que aparece para nossos sentidos de maneiras diferentes, e como se fossem coisas diferentes. O pensamento generaliza por que abstrai, ou seja, realiza uma síntese.
E o contrário também ocorre. Muitas vezes nossos órgãos dos sentidos nos fazem perceber coisas diferentes como se fossem a mesma coisa, e o pensamento demonstrará que se trata de uma coisa diferente sob a aparência da semelhança. Separando as diferenças, o pensamento realiza, neste caso, uma análise.
As principais condições históricas para o surgimento da filosofia na Grécia foram:
- As viagens marítimas: permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs, e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos. As viagens produziram a desmistificação do mundo, que passou assim, a exigir uma explicação sobre sua origem;
- A invenção do calendário: que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando com isso, uma capacidade de abstração nova, ou a percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompreensível;
- A invenção da moeda: permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização;
- O surgimento da vida urbana: com o predomínio do comércio e do artesanato, dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das famílias da aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados; além disso, o surgimento de uma classe de comerciantes ricos, que precisava encontrar pontos de poder e prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue, fez com que se procurasse o prestígio pelo patrocínio e estímulo às artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente onde a filosofia poderia surgir;
- A invenção da escrita alfabética: que como a do calendário e a da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas, supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a idéia dela, o que dela se pensa e se transcreve;
- A invenção da política: que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da filosofia:
1 – a idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si mesma o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas. Servirá de modelo para a filosofia propor o aspecto legislado, regulado e ordenado do mundo como um mundo racional.
2 – o surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito. A política, valorizando o humano, o pensamento, a discussão, a persuasão, e a decisão racional, valorizou o pensamento racional e criou condições para que surgisse o discurso filosófico.
3 – a política estimula um discurso que procura ser público, ensinado, transmitido, comunicado e discutido. A idéia de um pensamento que todos podem compreender e discutir, que todos podem comunicar e transmitir é fundamental para a filosofia.
A filosofia terá, no correr dos séculos, um conjunto de preocupações, indagações e interesses que lhe vieram de seu nascimento na Grécia.

Adaptado de: CHAUI, Marilena “Convite à Filosofia”, 6a edição, editora Ática, São Paulo – SP, 1997

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Fala o Martelo

"Por que tão duro? - falou certa vez ao diamante o carvão de cozinha; não somos parentes próximos?"
Por que tão moles? Ó meus irmãos, assim vos pergunto; pois não sois meus - irmãos?
Por que tão moles, tão amolecidos e condescendentes? Por que há tanta negação, abnegação em vossos corações? Tão pouco destino em vosso olhar?
E se não quereis ser destinos e inexoráveis: como podereis um dia comigo - vencer?
E se a vossa dureza não quer cintilar, cortar e retalhar: como podereis um dia comigo - criar?
Pois todos os que criam são duros. E terá de vos parecer bem-aventurança imprimir vossa mão nos milenios como se fossem cera -
- Bem-aventurança escrever na vontade de milenios como se fossem bronze - mais duros que bronze, mais nobres que bronze. Apenas o mais nobre é perfeitamente duro.
- Esta tábua, ó irmãos, ponho sobre vós: tornai-vos duros! --
F.W. Nietzsche, In:Crepúsculo dos Ídolos