Kant tentou nos mostrar que, embora não possamos confiar em nossos sentidos para receber diretamente informações sobre a realidade, eles nos informam como a realidade aparece para nós. E a aparência da realidade não é apenas obra de hipóteses, como Hume afirmou, ela aponta além da experiência para a unidade transcendente entre a aparência do mundo e o que ele realmente é. Kant distinguiu entre o que o mundo realmente é e sua aparência. A aparência das coisas ele chamou de fenômeno. O mundo real ele denominou noúmeno ou a coisa-em-si. Afirmou que, embora não possamos conhecer o noúmeno diretamente, podemos apreendê-lo baseados na maneira como percebemos o mundo como fenômeno. Ou seja, Kant diz que jamais podemos experimentar a coisa-em-si diretamente. Tudo o que podemos conhecer diretamente são os fenômenos, que é aquilo que se apresenta ao nosso entendimento. Kant denominou “Categorias do Entendimento” os conceitos que organizam a realidade permitindo-nos compreender a experiência. Esses conceitos são: espaço, tempo, substancia e causalidade. Kant denominou esses conceitos de a priori. Conceitos a priori, vêm antes da experiência; eles tornam a experiência possível. Ou seja, não são conceitos que as pessoas formularam; eles existiam antes de nossa existência, antes de sequer pensarmos neles. Mas eles são necessários para que possamos compreender as coisas.
Com a Crítica da Razão Pura, Kant pretende um estudo sobre os limites do conhecimento. Seu método é a crítica, isto é, a analise reflexiva, onde a razão critica a si mesma, o que consiste em remontar às condições que tornam o conhecimento legítimo. Kant fez uma analogia entre sua abordagem da relação entre experiência e entendimento e a explicação de Copérnico sobre a relação entre a Terra e o Sol. Assim invertendo a atitude empírica em relação ao conhecimento, Kant, em vez de dizer que o conhecimento deve se conformar aos objetos, ele disse que os objetos devem se conformar ao conhecimento. Ou seja, os objetos são organizados pela mente; e como a mente organiza a realidade, permite-nos compreender a experiência.
Partindo da distinção de Hume entre idéias sobre o que existe e idéias sobre o que deveria ser, Kant propõe a visão de que existem categorias objetivas do pensamento moral. Ele se referiu ao pensamento moral como Razão Prática, o raciocínio sobre como deveríamos agir. Ele opôs a “razão prática” à “razão pura”, o raciocínio sobre o que existe. Em seu estudo da razão prática, Kant sustentou que podemos ter idéias universalmente válidas sobre o que deveríamos fazer, denominadas “imperativos”.
Kant descreveu o “imperativo categórico”, que possibilita o julgamento prático, assim como as categorias de substância, qualidade, etc. possibilitam o entendimento. O imperativo categórico, disse ele, é um “conceito a priori”. Podemos ver que é verdadeiro antes da experiência. Kant descreveu o imperativo categórico como uma lei moral universal. O imperativo categórico é uma lei moral que é válida para todo mundo e forma a base de nossa razão prática, ou entendimento moral. Não apenas se refere a como devemos agir, mas permite que nos comportemos como seres morais. Podemos dizer que nossas ações estão de acordo com essa lei se forem corretas e morais pra todos.
3 comentários:
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Fique com Deus.
E depois compartilhe para os blogs que mais visita. E seja Feliz.
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Olá Giuliano,
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Estou colocando o seu blog como fonte de referência de minhas disciplinas de filosofia da educação na faculdade, para torná-lo mais visível ainda.
Parabéns!
Já pensou em publicar um livro?
Abraços fraternos.
Giuliano, gostaria de saber sua opinião a respeito dos seguintes temas:
O belo é universal e pertence aos objetos.
A compreensão do belo resulta de um contexto histórico e cultural.
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