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domingo, 23 de maio de 2010

Erasmo de Rotterdam e o Elogio da Loucura


Desidério Erasmo de Rotterdam (1466 – 1536) foi um dos humanistas mais ilustres de seu tempo. Diplomado em Teologia pela Universidade de Turim, foi ordenado padre, mas pediu e obteve a dispensa de usar hábito e de celebrar missas.
Seu texto mais conhecido, O Elogio da Loucura, foi acusado por muito de seus contemporâneos de antecipar a cisão protestante preparando terreno para a reforma de Lutero. Erasmo nunca deixou de criticar a decadência moral da Igreja renascentista e da corte pontifícia em particular. Acreditava no espiritualismo cristão, no espírito tolerante e no amor ao conhecimento. Para ele, milagres e superstições como o inferno, fantasmas e duendes são coisas de ignorantes. Critica a Igreja e sua hierarquia, critica monges, teólogos, bispos e o próprio Papa, que apóia guerras que são cruéis e desumanas. Critica o imposto que a Igreja cobra para não condenar as almas após a morte.
Em seu livro O Elogio da Loucura, apresenta a loucura como uma deusa que conduz as ações humanas. Identifica a loucura em costumes e atos como o casamento e a guerra. Diz que é ela (a loucura) que forma as cidades, mantém os governos, a religião e a justiça. Ele critica muitas atividades humanas, identificando nelas mediocridade e hipocrisia.
Com o início da Reforma, Erasmo preferiu não tomar partido, assumindo uma posição de neutralidade, mas depois de uma disputa de idéias com Lutero, acabou defendendo os católicos. Erasmo criticava igualmente a pretensão dos protestantes e a arrogância dos católicos.
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"Está escrito no primeiro capítulo do Eclesiastes:
O numero dos loucos é infinito.
Ora, esse número infinito compreende todos os homens,
com excessão de poucos, e
duvido que alguma vez se tenha visto esses poucos".
Erasmo de Rotterdam

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda no ninho!
Ainda amo! amo! amo!