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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Anaximenes de Mileto


Divergindo de seu mestre Anaximandro, Anaxímenes retoma uma substância determinada, o Ar, como o elemento originário de todas as coisas. Para ele a Physis (arché) é o ar infinito, infinito em grandeza, em quantidade, mas qualitativamente determinado. Toda a realidade na sua totalidade deriva, segundo ele, desse princípio único, primeiro e a multiplicidade e a mudança atestadas pelos sentidos são meras manifestações diferenciadas do ar.
Do mesmo modo que seus antecessores, Anaxímenes, partindo do princípio primeiro, estabelecido em virtude de uma intuição sensível que emerge do esforço continuado da razão debruçada sobre os fatos problemáticos da Physis (natureza), procura fundamentar e desenvolver seu projeto filosófico de forma sistemática e coerente, na medida em que consegue justificá-lo com argumentos compreensíveis, aceitáveis e fundados nos dados da experiência. Afirma que a multiplicidade de seres e as mudanças que constatamos pelos sentidos no todo da realidade são manifestações diferenciadas (aparências) do mesmo princípio que, na verdade, permanece imodificado (sempre o mesmo) no fundo invisível de tudo que existe.
Para Anaxímenes, a diferença qualitativa que existe entre os inúmeros seres que constituem a realidade multiforme advém unicamente dos processos de rarefação e condensação do Ar que significam apenas uma diferença quantitativa do princípio-primeiro-Ar. São essas diferenças que determinam as diferenças qualitativas que explicam a multiplicidade das coisas constitutivas do universo.

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