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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A filosofia e as crianças


(...) Que a consciência e a virtude brilhem em suas palavras e que só a razão tenha por guia. Ensinar-lhe-ão a compreender que CONFESSAR O ERRO que descobriu em seu raciocínio, mesmo que ninguém o tenha percebido, é prova de DISCERNIMENTO E SINCERIDADE, qualidades principais a que se deve aspirar. TEIMAR E CONTESTAR OBSTINADAMENTE são DEFEITOS peculiares às almas vulgares, ao passo que voltar atrás, corrigir-se, abandonar sua opinião errada no ardor da discussão, são qualidades raras, das almas fortes e dos espíritos filosóficos. (...)

Posto que a filosofia é a ciência que nos ensina a viver e que a infância como as outras idades dela podem tirar ensinamentos, por que motivo não lha comunicaremos? (...)

Por moço que seja, que ninguém se recuse a praticar a filosofia, e que os velhos não se cansem dela.
MONTAIGNE, Michel de. "Ensaios", Livro I, cap.XXVI.

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