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quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Górgias (cerca de 485-380 a.C.)


Retórico e filósofo grego sofista, foi professor de oratória e retórica na Sicília e, depois de 427 a.C., em Atenas. Como filósofo, não acreditava na existência de uma ciência real.
Para Górgias, é impossível saber o que existe verdadeiramente e o que não existe.
Nada existe, porque nem o ser nem o não-ser são dados da experiência. Por isso, não há uma relação do ser com o não-ser, pois o juízo se tornaria impossível caso o ser participasse do não-ser e vice-versa.
Se existisse alguma coisa, não poderíamos conhecê-la, porque a realidade sensível não é inteligível, e o que seria inteligível não é dado, portanto é inexistente. Se podemos conhecer alguma coisa, nada podemos dizer sobre ela.
Uma vez que a linguagem é perfeitamente arbitrária, as palavras traem o pensamento. Portanto, todo juízo distinto de "o ser é" (juízo estéril por sua imobilidade) é absurdo, pois confunde sujeito e atributos.
A Górgias, Platão dedicou um de seus mais importantes diálogos, o Górgias.

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