quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Um espetáculo que se repete a cada 26000 anos, e desta vez você foi convidado!

O Alinhamento planetário que estamos prestes a observar, sentir e participar, acontecerá entre os dias 21 e 23 de dezembro e terá seu ápice entre 11:16hs e 11:26hs da manhã do dia 22/12. Terra, Sol e Lua estarão alinhados com Alcyone, a estrela maior, centro da nossa galáxia, a Via Láctea.
Se será o fim do mundo, eu duvido, mas o evento é anunciado e esperado por diversas religiões desde a antiguidade. Uma oportunidade única!

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Deus é ínsito, não está em lugar nenhum fora de nós.

As palavras abaixo são de Baruch Espinoza - nascido em 1632 em Amsterdã, falecido em Haia em 21 de fevereiro de 1677, foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Era de família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno.
Acredite, essas palavras abaixo foram ditas em pleno Século XVII.
  



DEUS SEGUNDO SPINOZA (Deus falando com você)


“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti. 
Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... então não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia. 
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas. 
Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?
Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."


Einstein, quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”

Pense nisto

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Este texto me chegou por e-mail enviado pelo prof. Vinícius
Professor de Filosofia de Minas Gerais.

sábado, 16 de junho de 2012

Freud e a psicanálise

Sigmund Freud, com sua teoria do “inconsciente”, revolucionou a maneira como as pessoas pensam sobre a mente. O inconsciente é o aspecto da mente que abriga vontade e desejos que não são conscientemente reconhecidos. Essas vontades foram reprimidas, ou negadas pela mente consciente porque não são socialmente aceitáveis. Em conseqüência disso, você reprime esses desejos, você os ignora e chega a negá-los, mas eles não desaparecem. Eles permanecem em seu inconsciente, esperando uma oportunidade de vir à tona.
Ainda que não pensemos neles, os desejos reprimidos  têm formas de se manifestar. Os sonhos são uma dessas formas; as piadas são outra. Às vezes, se forem especialmente fortes ou tiverem sido profundamente reprimidos, talvez devido a uma experiência traumática na infância, esses desejos retornarão na forma de comportamentos estranhos como compulsões, obsessões e ataques histéricos.
Embora os desejos reprimidos de certas pessoas dêem mais trabalho do que de outras, todos nós temos esses desejos. Freud identificou um complexo de desejos reprimidos com que os homens têm que lidar: o Complexo de Édipo é a fase pela qual a criança passa quando se sente competindo com o pai pelo amor da mãe. Esse complexo às vezes persiste na vida adulta. Muitos homens têm dificuldade em superar essa fase. Eles nunca adquirem independência em relação à mãe e nunca aprendem a lidar com a autoridade. Lidar com a autoridade é o preço que pagamos por viver em civilização. Não é agradável, mas é necessário, apesar da tensão que cria em nossas psiques.
A maneira de Freud fazer interpretações deu origem à prática da psicanálise: interpretar o que as pessoas dizem para descobrir seus problemas.

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Adaptado de : STEVENSON, Jay. "O mais completo guia sobre filosofia", Mandarim, 2001.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Filosofia Contemporânea

A filosofia contemporânea pode ser vista como resultado da crise do pensamento moderno no século XIX. O questionamento ao projeto moderno se faz nos termos de um ataque à centralidade atribuída à noção de subjetividade nas tentativas de fundamentação do conhecimento empreendidas pelas teorias racionalistas e empiristas. A linguagem surge então como alternativa de explicação de nossa relação com a realidade enquanto relação de significação. A questão sobre a natureza da linguagem, sobre como a linguagem fala do real, torna-se um problema central na filosofia e em outras áreas do saber na passagem do século XIX para o século XX.
Os variados ramos da filosofia surgidos nessa época são a psicologia freudiana, a sociologia, a antropologia, a filosofia analítica, o existencialismo e a lingüística estrutural. Essas abordagens têm em comum o interesse pelo significado. Em que consiste? O que o torna possível? Como funciona?
Alguns sentiram que estudar os impulsos psicológicos era a melhor maneira de explicar como funciona o significado. Para outros, era estudar a sociedade, a cultura, a linguagem, a lógica ou a consciência. Várias abordagens diferentes começam a desenvolver seus termos e técnicas para investigar o significado.
A simples existência dessas vertentes, muitas vezes profundamente divergentes entre si, e nem sempre tendo raízes comuns, revela a centralidade do interesse pela questão da linguagem no pensamento contemporâneo. A análise da linguagem torna-se assim o caminho para o tratamento não só de questões filosóficas, mas de questões dos vários campos das ciências humanas e naturais no pensamento contemporâneo.
  Quando falamos em crise da modernidade, podemos apontar três grandes rupturas que transformaram profundamente as nossas maneira de conceber o homem e o conhecimento:
- a revolução copernicana: ao retirar a Terra do centro do universo, Copérnico abala as crenças tradicionais do homem da época que passa a buscar um novo lugar seguro para superar a alteração da explicação tradicional;
- a revolução darwiniana: abala profundamente a crença na superioridade humana, no homem como o “rei da criação”, na medida em que revela o homem é apenas mais uma espécie natural dentre outras e que a espécie humana resulta de um processo de evolução natural, tendo ancestrais comuns com o macaco, portanto, não mais uma criação divina – o “rei da criação”.
- a revolução freudiana: a teoria psicanalítica de Sigmund Freud e sua descoberta do inconsciente – o homem não se define pela sua racionalidade, e sua mente não se caracteriza apenas pela consciência, mas ao contrário, nosso comportamento é fortemente determinado por desejos e impulsos de que não temos consciência e que reprimidos, não-realizados, permanecem entretanto em nosso inconsciente e manifestam-se em nossos sonhos e em nosso modo de agir. 

domingo, 8 de janeiro de 2012

Sören Kierkegaard (1813 – 1855)

 O filósofo dinamarquês Sören Kierkegaard contestou a supremacia da razão como único instrumento capaz de estabelecer a verdade, tal como  Hegel havia proposto. Como pensador cristão, defendeu o conhecimento que se origina da .
Kierkegaard afirmava que a existência humana possui três dimensões:
 - a dimensão estética: na qual se procura o prazer;
 - a dimensão ética: na qual se vivencia o problema da liberdade e da contradição entre o prazer e o dever;
 - a dimensão religiosa: marcada pela fé.
De acordo com o filósofo, cabe ao ser humano escolher em qual dimensão quer viver, já que se trata de dimensões excludentes entre si. Essas dimensões podem ser entendidas, também, como etapas pelas quais o ser humano passa durante sua existência: primeiro viria a estética, depois a ética e, por último, a religiosa, que seria a mais elevada.
Kierkegaard afirma que essas dimensões são atingidas por um salto , pois não há razões racionais para tomar essa medida. Isso acontece porque o mais importante é a verdade de sua própria situação e essa é a verdade subjetiva que somente você é capaz de conhecer. Este filósofo foi extremamente influente por enfatizar a importância do sentido pessoal  na vida do indivíduo.
Os escritos do autor possuem grande beleza literária e tratam de temas estranhos à objetividade científica de sua época, tais como amor, sofrimento, angústia e desespero, que segundo ele não podem ser entendidos pela razão. Sua principal crítica à filosofia hegeliana deve-se ao fato de ela não levar em consideração a subjetividade humana.
É nesse sentido  que Kierkegaard influenciará as chamadas correntes irracionalistas e existencialistas, que recolocam a questão da verdade a partir do processo da existência. Para ele, nenhum sistema de pensamento consegue dar conta da experiência ampla e única da vida individual.
Opondo-se à filosofia sistemática de Hegel e a seu caráter abstrato, Kierkegaard procurou destacar as condições específicas da existência humana e incorporá-las às reflexões filosóficas. Por isso, é normalmente considerado o “pai do existencialismo”.
Em sua obra, Kierkegaard procurou analisar os problemas da relação existencial do ser humano com o mundo, consigo mesmo e com Deus.
- a relação do ser humano com o mundo: é dominada pela angustia. A angustia é entendida como o sentimento profundo que temos ao perceber a instabilidade de viver em um mundo de acontecimentos possíveis, sem garantia de que nossas expectativas sejam realizadas. “no possível, tudo é possível”. Assim, vivemos em um mundo onde são possíveis tanto a dor como o prazer, o bem como o mal, o amor como o ódio, o favorável como o desfavorável.
- a relação do ser humano consigo mesmo: marcada pela inquietação e pelo desespero. Isso ocorre por duas razões fundamentais: ou porque o ser humano nunca está plenamente satisfeito com as possibilidades que realizou, ou porque não conseguiu realizar o que pretendia, esgotando os limites do possível e fracassando diante de suas expectativas.
- a relação do ser humano com Deus: a única via para a superação da angústia e do desespero. Contudo, é marcada pelo paradoxo de ter de compreender pela fé o que é incompreensível pela razão.

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Fonte: Cotrim, Gilberto. Fundamentos de Filosofia.