terça-feira, 28 de julho de 2009

Relações Causais em Aristóteles


Para exemplificar as relações causais, Aristóteles serve-se da estátua de uma deusa:
A causa formal é o modelo que serve para dar forma à estátua. A causa material é a matéria de que é feita a estátua, por ex. o bronze ou o mármore. Assim, uma determinada quantidade de matéria recebe a forma de uma estátua. Podemos ter a mesma forma, a estátua, e diferentes matérias, bronze, gesso, mármore, etc., assim como a mesma matéria pode se encontrar em diferentes formas: o mármore na estátua, na pedreira, numa coluna, etc.
A causa eficiente é o que faz com que a matéria adquira uma determinada forma, em nosso exemplo o escultor com suas ferramentas, que dá ao mármore a forma de estátua. A causa final caracteriza o objetivo ou propósito da estátua: o culto, a decoração, uma homenagem, etc.

Para o filosofo, o objetivo do saber é o estabelecimento de normas e critérios da boa forma de agir, isto é, da ação correta e eficaz.
“Nosso objetivo é tornar-nos homens bons, ou alcançar o grau mais elevado do bem humano. Este bem é a felicidade; e a felicidade consiste na atividade da alma de acordo com a virtude”. O homem virtuoso deve conhecer o ponto médio, a justa medida das coisas, e agir de forma equilibrada de acordo com a prudência ou moderação, que pode ser entendida como a própria caracterização do saber prático.

sábado, 18 de julho de 2009

Fiódor Dostoiévski


...Quando olho para o passado e compreendo quanto tempo perdi em vão, quanto perdi com equívocos, com erros, na ociosidade, na inabilidade para viver, como deixei de apreciá-lo, quantas vezes pequei contra meu coração e minha alma, meu coração se põe a sangrar.
A vida é uma dádiva, a vida é uma felicidade, cada minuto poderia ser uma eternidade de felicidade.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Aristóteles


Discípulo de Platão, propõe outra resposta ao problema de seu mestre. Para ele este é o único mundo que existe e, somente pela experiência é que podemos conhecer as coisas. Ele respeita a dualidade de um mundo inteligível oposto ao mundo sensível, mas diz que o mundo sensível é o único mundo que existe e que o outro (inteligível) não é um mundo à parte, e sim os instrumentos intelectuais necessários à sua inteligibilidade. As condições de inteligibilidade não são sensíveis, e neste sentido estão separadas do conteúdo imediato da experiência, mas somente desempenham a função de conferir inteligibilidade ao sensível se estiverem junto dele, sempre ligadas ao conteúdo que devem determinar. Para isso postula as categorias, elementos lógicos de determinação e articulação, que são:
a) Substância: determinação principal, fundamental que nos permite discernir nas coisas aquilo que elas essencialmente são;
b) Acidente: que se referem à substância e a integram, mas não de modo necessário. Representam os vários sentidos que se pode dizer daquilo que é; podem ser assim separadas: qualidade; quantidade; lugar; tempo; ação; paixão; relação.

Aristóteles afirma que conhecer é conhecer pelas causas e supõe a articulação entre causa e efeito segundo quatro modalidades:
1) A causa formal: essência inteligível determinante da coisa;
2) A causa material: a matéria da qual algo é feito;
3) A causa eficiente: o agente que produz a coisa;
4) A causa final: aquilo em vista de que a coisa existe, sua finalidade.

Para Aristóteles para que uma coisa exista, a matéria deve receber uma forma que a determine especificamente. É preciso que as duas se juntem para que um ente real venha a ser. Para entender como essa união acontece, o filósofo afirma um outro par de noções:
potência – a pura receptividade material; e
ato – a atualização do que estava apenas em potência.
Essa relação é essencial para compreendermos como as coisas vêm a ser, já que se trata de um processo. A cada vez que um conhecimento se dá identifico na coisa a forma que define e especifica a matéria e o ato que tornou a realidade efetiva.
Assim ele distingue a dualidade do real sem precisar dividir a realidade.