sábado, 27 de junho de 2009

Sócrates e Platão

Sócrates:
Filósofo grego que tornou-se um marco na filosofia antiga a ponto de dividir a própria história da filosofia em pré-socráticos e socráticos, tornou-se célebre por sua frase “Só sei que nada sei!”. Pode dizer assim que o fato de não saber abre a experiência para o novo, para a investigação daquilo que já imaginávamos saber com uma nova disposição de espírito para conhecer a verdade daquilo que investigamos.
Assim pode Sócrates propor a suspensão de nossos pré-conceitos e pré-juízos para compreender através da reflexão todos os objetos apresentados à nossa percepção:
Platão:
Discípulo de Sócrates, Platão considera o conhecimento uma lembrança das idéias perfeitas que a alma conheceu no Mundo das Idéias. Para ele, tudo o que podemos conhecer são cópias imperfeitas, que existem neste Mundo das Aparências, das idéias perfeitas que conhecemos naquele outro mundo. Assim, para Platão, o conhecimento é memória, lembrança. Somente através da reflexão, do pensamento, das idéias podemos conhecer as coisas. Platão postula a existência de dois mundos distintos para explicar o conhecimento:
- O mundo das idéias;

- O mundo das aparências.

Platão, com sua teoria dos dois mundos, tenta explicar que podemos conhecer apenas pelo pensamento que se lembra das formas perfeitas do mundo das idéias e que os nossos sentidos percebem apenas as aparências, as sombras imperfeitas daquele mundo onde reside a verdade. Em Platão o Bem, o Belo e o Verdadeiro se igualam no Mundo das Idéias e isso constitui o Divino. A Justiça é essa realização (Bem = Belo = Verdade) e depende da distinção entre o inteligível e o sensível para que se alcance a Verdade.

domingo, 21 de junho de 2009

Caminhos & Rumos da Educação no Brasil (desabafo de uma professora)


-1. Ensino da matemática em 1950:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
-2. Ensino de matemática em 1970:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda, ou seja, € 80,00. Qual é o lucro?
-3. Ensino de matemática em 1980:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00. Qual é o lucro?
-4. Ensino de matemática em 1990:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro: ( ) € 20,00 ( ) € 40,00 ( ) € 60,00 ( ) € 80,00 ( ) € 100,00.
-5. Ensino de matemática em 2000:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é € 80,00. O lucro é de € 20,00. Está certo?( ) SIM ( ) NÃO
-6. Ensino de matemática em 2008:
Um cortador de lenha vende um carro de lenha por € 100,00. O custo de produção é € 80,00. Se você souber ler coloque um X no € 20,00. ( ) € 20,00 ( ) € 40,00 ( ) € 60,00 ( ) € 80,00 ( ) € 100,00.

domingo, 14 de junho de 2009

Heráclito X Parmênides


Do ponto de vista de Heráclito, que pensa os opostos como complementares e vê no conflito e no movimento os princípios básicos do real, a concepção de Parmênides é insustentável, já para o monismo dos eleatas, a posição dos mobilistas é absurda.
Trata-se praticamente do primeiro grande conflito de paradigmas na tradição filosófica, o que dá origem a duas correntes, que, de uma forma ou de outra, sempre encontraremos no desenvolvimento dessa tradição.
A primeira valoriza a pluralidade do real, a contribuição de nossa experiência concreta para o conhecimento dessa realidade, e a oposição e o conflito entre os elementos dessa realidade que constatamos a partir dessa experiência, os quais, longe de ser algo problemático, caracterizam a própria natureza dessa realidade.
A segunda busca aquilo que é único, permanente, estável, eterno, perfeito; o que não se dá de imediato a nossos sentidos, só se revelando a nosso pensamento após uma longa experiência de reflexão.
Trata-se no entanto de um conflito insolúvel, pois não temos um critério externo às teorias, independente delas, que nos permita dizer quem tem razão. De certa forma isso se tornará um traço característico da filosofia: tudo pode ser posto em questão; a discussão filosófica está permanentemente em aberto.



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MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da Filosofia.

terça-feira, 9 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Anaximenes de Mileto


Divergindo de seu mestre Anaximandro, Anaxímenes retoma uma substância determinada, o Ar, como o elemento originário de todas as coisas. Para ele a Physis (arché) é o ar infinito, infinito em grandeza, em quantidade, mas qualitativamente determinado. Toda a realidade na sua totalidade deriva, segundo ele, desse princípio único, primeiro e a multiplicidade e a mudança atestadas pelos sentidos são meras manifestações diferenciadas do ar.
Do mesmo modo que seus antecessores, Anaxímenes, partindo do princípio primeiro, estabelecido em virtude de uma intuição sensível que emerge do esforço continuado da razão debruçada sobre os fatos problemáticos da Physis (natureza), procura fundamentar e desenvolver seu projeto filosófico de forma sistemática e coerente, na medida em que consegue justificá-lo com argumentos compreensíveis, aceitáveis e fundados nos dados da experiência. Afirma que a multiplicidade de seres e as mudanças que constatamos pelos sentidos no todo da realidade são manifestações diferenciadas (aparências) do mesmo princípio que, na verdade, permanece imodificado (sempre o mesmo) no fundo invisível de tudo que existe.
Para Anaxímenes, a diferença qualitativa que existe entre os inúmeros seres que constituem a realidade multiforme advém unicamente dos processos de rarefação e condensação do Ar que significam apenas uma diferença quantitativa do princípio-primeiro-Ar. São essas diferenças que determinam as diferenças qualitativas que explicam a multiplicidade das coisas constitutivas do universo.